Comunicação Homogeneizada
- blogfco2017
- 24 de out. de 2017
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O texto de Antônio Fausto busca refletir sobre como a disseminação da comunicação tem alterado formas de agir de diversas organizações, inclusive aquelas mais privadas. Utilizando de cenários, o autor busca identificar a transição da sociedade dos meios para a sociedade midiatizada, observando as formas de divulgar informações - como o exemplo dado sobre a epidemia da dengue, no qual o autor aponta a mudança da abordagem do aconselhamento para uma ação comunicativa voltada para a questão mercadológica. Em suma, o autor apresenta a comunicação como um “radar”, comparando-a com um objeto de que “visa proteger, processar, analisar e disseminar informações a partir de manifestações no ambiente que lhe oferecem perigo ou restrição”. Isto é, a comunicação é uma constante busca pela homogeneidade de funcionamento interno e externo, utilizando de mecanismos de regulação para alcança-la. Durante todo o texto o autor mostra que a busca por essa atitude homogênea por parte das organizações e a busca pela transparência imposta pelo desenvolvimento das mídias sociais, não são possíveis pelas constantes mudanças nesses meios, criando os “pontos de fuga”, que substituem os processos idealizados previamente. De acordo com o Fausto Neto, os pontos de fuga são os redesenhos das ofertas que produzem descontinuidades, o que gera medos e apagões – ele compara com o apagão sanitário, ocorrido quando foi descoberta a má qualidade dos leites vendidos. Nesse contexto, o texto analisado busca fazer comparações de acontecimentos atuais com o desenvolvimento das mídias sociais, como foi impactada a relação entre campos e atores sociais dentro das organizações, mostrando o grande interesse da comunicação em sanear a instabilidade e proporcionar a clareza, acompanhando as exigências criadas por essa expansão.