Espiral do Silêncio

Espiral do silêncio, Hipótese 1: Percepção do olhar de vidro, Falso Consenso. Ocupação de 2016. O “ Espiral do Silêncio” é uma teoria em que o grupo dominante influência os grupos minoritários por pressão social, política, econômica, etc. Essa pressão é causada pelo medo de exclusão e críticas. De acordo com a hipótese da “Recepção do olhar de vidro”, ocorrem os chamados “falsos consensos”, causados por um alinhamento de pensamentos. O medo do isolamento pode fazer (e muitas vezes faz) as pessoas emitirem opiniões que concordam com a opinião dominante, mesmo que não sejam suas opiniões verdadeiras. A maioria das pessoas tenta evitar o isolamento. Dando origem à “teoria social de espiral do silêncio”, pois quanto mais um grupo deixa de emitir suas opiniões, mais “forte” a opinião do grupo dominante fica, e mais “fraca” a opinião do grupo dominado, gerando cada vez mais um maior silenciamento do grupo em minoria. A hipótese da “percepção do olhar de vidro” é praticamente a mesma do “efeito do falso consenso”. De acordo com a hipótese, as pessoas muitas vezes acreditam que suas opiniões sobre determinados fatos são as mesmas opiniões da maioria das pessoas. De acordo com a hipótese da “projeção dissonante”, as pessoas tendem a dar opiniões politicamente corretas quando perguntadas sobre algum tema, independente de ser ou não a sua real opinião, por suas reais opiniões poderem ser socialmente condenáveis. Um exemplo dessa hipótese no meio da Universidade Federal de Minas Gerais é a opinião dos estudantes sobre as ocupações ocorridas em 2016. Muitas pessoas, possivelmente, eram e/ou são contra as ocupações ocorridas, mas por medo do julgamento e das críticas da sociedade e dos colegas, falam que são a favor da ocupação, ou simplesmente dizem não ter posicionamento sobre tal assunto em questão. Isso acaba por gerar um falso consenso sobre o apoio às ocupações, em função de pessoas com opiniões mais fortes sobressaírem em relação a outros, os quais nem sempre concordam com essa opinião. Muitos alunos, também, por sua vez, deixaram de emitir suas opiniões a respeito do tema, por medo de serem retaliados e excluídos do meio acadêmico. Esse é um claro exemplo de aplicação da espiral do silêncio no contexto atual do meio universitário, onde muitos alunos se sentiram na posição de dominados em relação a outros que se colocaram na posição de dominantes e criaram um falso consenso sobre o apoio das ocupações dentro da Universidade.